quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Lonjong - A Alquimia do Sofrimento



Histórico:
O autor do texto dos Oito Versos do Treinamento da Mente é um geshe Kadampa chamado Langri Thangpa (Dorje Senge) que viveu na segunda metade do século XI no Tibete. Seu nome de Fato era Dorje Sengue, porém todos o chamavam de Langri Thangpa fazendo alusão ao local onde nascera. Ele foi discípulo de Geshe Potowa, que era aluno de Drong Tongpa. Este último era discípulo de Atisha, que recebeu o ensinamento de um mestre da Indonésia chamado Serlingpa. Langri Thangpa foi uma emanação do Buda Amitabha.

Estes ensinamentos são muito poderosos e podem ser facilmente mal interpretados. É difícil praticá-los sem que haja uma forte motivação. Para que uma pessoa se sinta inclinada a praticar o treino da mente é preciso que tenha uma forte aversão à mente que estima mais a si mesma do que ao outros.

Os oito versos contêm a instrução essencial para gerar a mente convencional e a mente suprema da bodhichitta apresentada de forma poderosa e direta. Mais tarde um discípulo de Geshe Langri Thangpa, chamado Geshe Chekawa, escreveu um extenso comentário ao texto original intitulado "Os Sete Pontos do Treino da Mente". Não é um comentário linha por linha, mas uma elaboração dos pontos essenciais do Treino da Mente. Geshe Chekawa sintetiza os oito versos em sete e nos dá dicas para aplicar os ensinamentos no dia-a-dia.

Originariamente, quando Buddha iniciou seu caminho do Dharma, foi previsto que
seu Dharma sobreviria por 10 períodos de 500 anos, ou seja, por cinco mil anos. A cada 500 anos haveria uma espécie de geração mais importante. Grosso modo, estamos atravessando esses periodos e indo cada vez mais para baixo. Os Santos Lamas falam que a humanidade esta criando um carma tão negativo que a pesar dos ensinamentos de Buddha estarem predestinados a durar cinco mil anos, eles pouco podem fazer para nos ajudar na sua fase final.

Ao meditar sobre este tema, possivelmente apareça algum tipo de depressão. Porém, constataremos que nós mesmos temos muitos problemas. Nossa atitude natural frente a esta descoberta é de desânimo. É assim que costumamos reagir diante dos diversos problemas que encontramos na vida. "Como posso praticar o Dharma se estou doente, ou com problemas financeiros, ou com problemas de relacionamento." Geralmente, pensamos que os problemas são incompatíveis com o treino da calma e do dharma. Erramos ao pensar que primeiro teríamos que resolver os problemas e depois treinar o dharma. O praticante do Treino da Mente pensa, então, de maneira oposta. Seu principal lema é: "Transformar Circunstâncias Adversas no Caminho para a Iluminação", ou seja, converter problemas em benefícios. Temos aí uma característica essencial e incomum do Treino da Mente.

É como o Tântra. O Lojong é uma passo para o Tântra. O essencial é: o que é má notícia para as outras pessoas, é uma boa notícia para o praticante do Lojong. Quanto mais "infeliz" estiver o praticante, mais forte será a sua prática.
As escrituras comparam o praticante do Treino da mente a um pavão. O Pavão é tido, no Tibete, como um animal que come veneno. O praticante de Lojong é como um pavão: aquilo que para a maioria das pessoas - vagando neste mundo que mais parece uma floresta de plantas venenosas com ilusões e sofrimentos a espreita por todos os lados - seria sofrimento e dor, é para ele comida, alimento para progredir no caminho
da iluminação.

É remédio para a mente. Mais do que ficar imunes aos problemas, nós os transformamos em vantagens para que tenham efeitos de cura sobre nossa mente. Isto é a alquimia que está implícita no treino da mente.

Características do Lojong:
- purifica o carma negativo (dos três tempos) imediatamente;
- seus problemas desta vida desaparecem;
- obtém-se felicidade mental muito rápido;
- a mente se torna pacífica1, tranqüila e leve, o que é a base para tornar-se um Buda no futuro.
"O treino da mente é como um dorje, o sol e a árvore da cura. Quando as cinco impurezas estiverem florescendo, devemos transformá-las no caminho para alcançar a iluminação."

(fonte: http://www.jardimdharma.org.br)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

oração da manhã



Senhor, no silêncio desta prece ,venho pedir te a paz, a sabedoria , e a força.
Quero sempre olhar o mundo, com olhos cheio de amor. Quero ser paciente, compreensivo e prudente. Quero ver além das aparências, teus filhos, como vós mesmo os vê, e assim Senhor ver somente o bem, em cada um deles. Fecha meus ouvidos a todas as calúnias. Guarda minha língua de todas as maldades, para que só de bênçãos se encha meu coração. Que eu seja tão bom e alegre, que todos aqueles que se aproximarem de mim, sintam a Tua Presença. Reveste-me de tua bondade Senhor, para que no decorrer deste dia, eu te revele a todos.
Que assim seja !
(mensagem enviada por uma amiga)

sábado, 3 de julho de 2010

Milho de Pipoca

A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser quem devem ser.

O milho da pipoca não é o que deve ser.

Ele dever ser aquilo que acontece depois do estouro.

O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer.

Pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa.

Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca para sempre.

Assim acontece com a gente.

As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.

Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas.

Só que elas não percebem.

Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.

Mas, de repente, vem o fogo.

O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos.

Dor.

Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o Pai , ficar doente, perder o emprego, ficar pobre.

Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão - sofrimentos cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio.

Apagar o fogo.

Sem fogo o sofrimento diminui.

E com isso a possibilidade da grande transformação.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer.

Dentro de sua casca dura, fechada em si mesmo.

Ela não pode imaginar destino diferente.

Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.

Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: PUM! - e ela aparece como uma outra coisa completamente diferente que ela mesma nunca havia sonhado.

Bom mas ainda temos o piruá que é o milho de pipoca que se recusa estourar.

São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar.

Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.

A sua presunção e o medo são a dura casca de milho que não estoura.

O destino delas é triste.

Ficarão duras a vida inteira.

Não vão se transformar na flor branca e macia.

Não vão dar alegria para ninguém.

Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os torreiros que não servem para nada.

Seu destino é o lixo...


Do livro "O Amor que acende a lua" Editora Papiros

sábado, 19 de junho de 2010

Eros, Psiquê e o Feminino


Era uma vez um rei que tinha três filhas. Duas eram lindas, mais a mais nova era muito, muito mais bonita. Dizia-se até que Afrodite – a deusa da beleza – não era tão bonita quanto Psiquê (esse era seu nome). Os templos de Afrodite andavam vazios porque as pessoas, principalmente os homens, passaram a cultuar aquela princesa maravilhosa.

Afrodite ficou com ciúme e pediu para seu filho, Eros, preparar uma vingança. Ela queria que Psiquê se apaixonasse por um monstro horrível. Só que Eros também acabou sendo atingido pelos encantos da menina. Ele ficou tão maravilhado ao ver Psiquê que não conseguiu cumprir a ordem da mãe.

O estranho é que todos aqueles homens que ficavam enfeitiçados com sua beleza não se aproximavam e nem tentavam namorá-la. As duas irmãs, que perto da caçula não tinham a menor graça, logo arranjaram pretendentes e cada uma se casou com um rei. A família ficou preocupada com a solidão de Psiquê. Então, um dia, o pai resolveu perguntar ao oráculo de Apolo o que deveria fazer para a menina arranjar um marido. O que ele não sabia é que Eros já havia pedido a Apolo para ajudá-lo a cumprir aos planos de sua mãe. A resposta que o rei levou para casa o deixou muito mais preocupado do que já estava: o deus falou que Psiquê deveria ser vestida de luto e abandonada no alto de uma montanha, onde um monstro iria buscá-la para fazer dela sua esposa.

Embora muito triste, a família cumpriu essas determinações e Psiquê foi deixada na montanha. Sozinha e desesperada, ela começou a chorar. Mas, de repente, surgiu uma brisa suave que a levou flutuando até um vale cheio de flores, onde havia um palácio maravilhoso, com pilares de ouro, paredes de prata e chão de pedras preciosas.

Ao passar pela porta ouviu vozes que diziam assim: “Entre, tome um banho e descanse. Daqui a pouco será servido o jantar. Essa casa é sua e nós seremos seus servos. Faremos tudo o que a senhora desejar”. Ela ficou surpresa. Esperava algo terrível, um destino pior que a morte e agora era dona de um palácio encantado. Só uma coisa a incomodava: ela estava completamente sozinha. Aquelas vozes eram só vozes, vinham do ar.

A solidão terminou à noite, na escuridão, quando o marido chegou. E a presença dele era tão deliciosa que Psiquê, embora não o visse, tinha certeza de que não se tratava de nenhum monstro horroroso.

A partir de então sua vida ficou assim: luxo, solidão e vozes que faziam suas vontades durante o dia e, à noite, amor. Acontece que a proibição de ver o rosto do marido a intrigava. E a inquietação aumentou mais ainda quando o misterioso companheiro avisou que ela não deveria encontrar sua família nunca mais. Caso contrário, coisas terríveis iam começar a acontecer.

Ela não se conformou com isso e, na noite seguinte, implorou a permissão para ver pelo menos as irmãs. Contrariado, mas com pena da esposa, ele acabou concordando. Assim, durante o dia, quando ele estava longe, as irmãs foram trazidas da montanha pela brisa e comeram um banquete no palácio.

Só que o marido estava certo, a alegria que as duas sentiram pelo reencontro logo se transformou em inveja e elas voltaram para casa pensando em um jeito de acabar com a sorte da irmã. Nessa mesma noite, no palácio, aconteceu uma discussão. O marido pediu para Psiquê não receber mais a visita das irmãs e ela, que não tinha percebido seus olhares maldosos, se rebelou, já estava proibida de ver o rosto dele e agora ele queria impedi-la de ver até mesmo as irmãs? Novamente, ele acabou cedendo e no dia seguinte as pérfidas foram convidadas para ir ao palácio de novo. Mas dessa vez elas apareceram com um plano já arquitetado.

Elas aconselharam Psiquê a assassinar o marido. À noite ela teria que esconder uma faca e uma lamparina de óleo ao lado da cama para matá-lo durante o sono.

Psiquê caiu na armadilha. Mas, quando acendeu a lamparina, viu que estava ao lado do próprio Eros, o deus do amor, a figura masculina mais bonita que havia existido. Ela estremeceu, a faca escorregou da sua mão, a lamparina entornou e uma gota de óleo fervente caiu no ombro dele, que despertou, sentiu-se traído, virou as costas, e foi embora. Disse: “Não há amor onde não há confiança”.

Psiquê ficou desesperada e resolveu empregar todas as suas forças para recuperar o amor de Eros, que, a essa altura, estava na casa da mãe se recuperando do ferimento no ombro. Ela passava o tempo todo pedindo aos deuses para acalmar a fúria de Afrodite, sem obter resultado. Resolveu então ir se oferecer à sogra como serva, dizendo que faria qualquer coisa por Eros.

Ao ouvir isso, Afrodite gargalhou e respondeu que, para recuperar o amor dele, ela teria que passar por uma prova. Em seguida, pegou uma grande quantidade de trigo, milho, papoula e muitos outros grãos e misturou. Até o fim do dia, Psiquê teria que separar tudo aquilo (DICERNIMENTO)

Era impossível e ela já estava convencida de seu fracasso quando centenas de formigas resolveram ajudá-la e fizeram todo o trabalho.

Surpresa e nervosa por ver aquela tarefa cumprida, a deusa fez um pedido ainda mais difícil: queria que Psiquê trouxesse um pouco de lã de ouro de umas ovelhas ferozes. Percebendo que ia ser trucidada, ela já estava pensando em se afogar no rio quando foi aconselhada por um caniço (uma planta parecida com um bambu) a esperar o sol se pôr e as ovelhas partirem para recolher a lã que ficasse presa nos arbustos. Deu certo, mas no dia seguinte uma nova missão a esperava. (CRIATIVIDADE)

Agora Psiquê teria que recolher em um jarro de cristal um pouco da água negra que saía de uma nascente que ficava no alto de uns penhascos. Com o jarro na mão, ela foi caminhando em direção aos rochedos, mas logo se deu conta de que escalar aquilo seria o seu fim. Mais uma vez, conseguiu uma ajuda inesperada: uma águia apareceu, tirou o jarro de suas mãos e logo voltou com ele bem cheio de água negra. (VISÃO SISTÊMICA)

Acontece que a pior tarefa ainda estava por vir. Afrodite dessa vez pediu a Psiquê que fosse até o inferno e trouxesse para ela uma caixinha com a beleza imortal. (FOCO). Desta vez, uma torre lhe deu orientações de como deveria agir, e, assim, ela conseguiu trazer a encomenda.

Tudo já estava próximo do fim quando veio a tentação de pegar um pouco da beleza imortal para tornar-se mais encantadora para Eros. Ela abriu a caixa e dali saiu um sono profundo, que em poucos segundos a fez tombar adormecida.

A história acabaria assim se o amor não fosse correspondido. Por sorte Eros também estava apaixonado e desesperado. Ele tinha ido pedir a Zeus, o deus dos deuses, que fizesse sua mãe parar com aquilo para que eles pudessem ficar juntos.

Zeus então reuniu a assembléia dos deuses (que incluía Afrodite) e anunciou que Eros e Psiquê iriam se casar no Olimpo e ela se tornaria uma deusa. Afrodite aceitou porque, percebendo que a nora iria viver no céu, ocupada com o marido e os filhos, os homens voltariam a cultuá-la.

Eros e Psiquê tiveram uma filha chamada Volúpia e, é claro, viveram felizes para sempre.

Os deuses da mitologia grega costumam ter dois nomes, um grego e outro romano. Assim, Eros é o nome grego do Cupido e sua tradução para o português é Amor. Palavras com erótico e erotismo vem daí. Afrodite e Vênus também são a mesma deusa. Psiquê só tem esse nome que, em grego, significa alma. Psíquico, psiquiatria e psicologia nasceram dessa raiz. O mito de Eros e Psiquê é a história da ligação entre o amor e a alma.

PSIQUÊ foi a primeira mortal que se relacionou intimamente com um Deus e conseguiu sobreviver, transformar-se e ainda transmutar a prórpia divindade, Afrodite também sai transformada, Eros amadurecido e o Olimpo todo comemora esse momento de vitória e comunhão entre Deuses e Mortais.

A Impermanência


Entrevista de Lama Tsering Everest concedida ao site Vya Estelar

O que é a impermanência?

Encare sua vida como se fosse um banco no parque, em uma tarde de clima ameno. Você vai até lá passar algumas horas, sentado, aproveitando tudo ao máximo: a brisa fresca, os pássaros cantando, as borboletas, o sol batendo no rosto. Tudo aquilo dura pouco tempo e vai chegar ao fim. Por isso, você deve aproveitar o momento e criar boas condições. Você não deve se apegar ao banco. Não tente colocar uma etiqueta nele com o seu nome, querendo mantê-lo para você! Isso vai impedi-lo de sentir o prazer e a liberdade de estar lá, simplesmente sentado. E se alguém se sentar com você, seja gentil, tratando-a com amor e compaixão. Não brigue com esta pessoa. Seu tempo é muito curto. Vocês estão ali apenas de passagem. Ao lembrarmos de que tudo na vida é impermanente e chega ao fim, podemos ser generosos com ela, sabendo que provavelmente ela nunca pensa no fato de que terá que deixar o banco em breve, assim como você. Todos nós queremos manter as coisas e não conseguimos. Temos que ter compaixão por elas, e por nós mesmos. Compreender a impermanência nos faz ricos: temos tudo neste momento e podemos ser generosos, abertos, decididos a fazer o que pudermos para beneficiar a todos com o nosso amor, sem medo de perder.

quarta-feira, 31 de março de 2010

sexta-feira, 12 de março de 2010

Repousar no Espaço da Consciência Plena

Ainda em conexão com o que foi abordado nos encontros anteriores, cabenos lembrar da necessidade de repousar naquilo que se apresenta, invocando para si a tomada de consciência plena através de todos os canais de aprendizados possíveis.

O "redispertar" de conteúdos adormecidos pelo caminho do esquecimento e da ignorância surgirá no espaço de um instante sempre que eu me colocar no repouso medidativo com presença, com clareza e com disponibilidade para receber de forma manifesta e não obscura, aquilo que eu posso e preciso compreender.

quinta-feira, 11 de março de 2010

O Eremita IX


Fidelidade a si mesmo e sabedoria.

Um homem barbado, recurvado, de idade avançada, segura em sua mão direita uma lanterna parcialmente coberta por uma capa, onde representa o conhecimento da ciência oculta. Ele se apoia no bordão (bastão) da prudência, que o acompanha em sua busca.

O Ermitão mantém a lanterna bem perto dos olhos para se orientar melhor, mostrando a luz da inteligência e da sabedoria, (esta lamparina também significa a luz da verdade). Significa também que a luz atinge o passado, o presente e o futuro. O tom escuro de seu manto simboliza a austeridade.

Ele segue sua viagem através do tempo como um solitário, tendo como único consolo a sabedoria, que as vezes, é um penoso fardo para ele. Este arcano se refere à acumulação de conhecimentos e está disposto a ouvir e ajudar os que o procuram. Representa o valor do conhecimento adquirido à custa de trabalho ininterrupto, que apenas mentes privilegiadas conseguem desenvolver.

O Arcano da Consciência, do Iniciado
(Compilação de Constantino K. Riemma)


Um homem, de pé, tem na mão esquerda um bastão que lhe serve de apoio, enquanto que com a direita levanta uma lanterna até a altura do rosto. Está representado de três quartos, com o rosto voltado para a esquerda. Veste uma grande túnica e um manto azul com o forro amarelo. Seu capucho, caído sobre as costas, parece continuar a túnica e é arrematado por uma borla amarela.
A lâmpada, aparentemente hexagonal, tem apenas três de seus lados visíveis, sendo o central vermelho e os restantes amarelos.
O fundo da gravura é incolor, e o chão de um amarelo estriado de listas negras, muito semelhante ao reverso do manto.

segunda-feira, 8 de março de 2010

ensinamento búdico

Somos o que pensamos.
Tudo o que somos surge com nossos pensamentos.
Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

AMOR DE ÍNDIO - Beto Guedes

A música Amor de Índio foi trabalhada em nossos último encontro e veio como uma oração sagrada, fazendo brotar sentimentos límpidos e perfumados dentro de cada participante presente.

AMOR DE ÍNDIO

Tudo que move é sagrado
E remove as montanhas
Com todo cuidado, meu amor
Enquanto a chama arder
Todo dia te ver passar

Tudo, viver a teu lado
Com o arco da promessa
No azul pintado pra durar
Abelha fazendo o mel
Vale o tempo que não voou
A estrela caiu do céu
O pedido que se pensou
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser todo
Todo dia é de viver
Para ser o que for e ser tudo

Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado, meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luza do teu suor

Lembra que o sol é sagrado
E alimenta de ouro horizontes
O tempo acordado de viver
No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir teu calor e ser tudo
Sim, todo amor é sagrado, sim.

sábado, 30 de janeiro de 2010

QUATRO NOBRES VERDADES E O CAMINHO ÓCTUPLO



Em nosso primeiro encontro de 2010, iniciamos os trabalhos com um exercício de meditação e em seguida, propusemos uma vivência em trios, onde cada membro do trio deveriam escolher uma pessoa pra representar seu "eu" interior e a outra represetar saeu "eu" exterior. O "eu" exterior, representando o eu social (na dimensão escolhida pelo participante, podendo ser esta uma específica ou um conjunt delas) e o "eu" interior, representando a mais singular representação de sua força interna.
O resultado foi surpreendente e os paricipantes puderam falar sobre a experiência. Cada trio fez sua leitura sobre o que vivenciou e como isso pode revelar algo para si.
Para o próximo encontro, serão trabalhados conteúdos não explorados nesta vivência.

AS QUATRO NOBRE VERDADES

As Quatro Nobres Verdades foram compreendidas pelo Buda em sua iluminação. Para erradicar a ignorância, que é a fonte de todo o sofrimento, é necessário entender as Quatro Nobres Verdades, caminhar pelo Nobre Caminho Óctuplo e praticar as Seis Perfeições (Paramitas).

1. A Verdade do Sofrimento.

A vida está sujeita a todos os tipos de sofrimento, sendo os mais básicos nascimento, envelhecimento, doença e morte. Ninguém está isento deles.

2. A Verdade da Causa do Sofrimento.

A ignorância leva ao desejo e à ganância, que, inevitavelmente, resultam em sofrimento. A ganância produz renascimento, acompanhado de apego passional durante a vida, e é a ganância por prazer, fama ou posses materiais que causam grande insatisfação com a vida.

3. A Verdade da Cessação do Sofrimento.

A cessação do sofrimento advém da eliminação total da ignorância e do desapego à ganância e aos desejos, alcançando um estado de suprema bem-aventurança ou nirvana, onde todos os sofrimentos são extintos.

4. O Caminho que leva à Cessação do Sofrimento.

O caminho que leva à cessação do sofrimento é o Nobre Caminho Óctuplo.